Divaldo Pereira Franco, também conhecido como Divaldo Franco (Feira de Santana, Bahia, 5 de maio de 1927 -), professor aposentado, é um filantropo, médium e orador espírita e um dos maiores propagadores do Espiritismo no Brasil e no Mundo, com mais de meio século de dedicação praticamente integral à causa doutrinária, percorrendo mais de sessenta países. É o fundador, ao lado de Nilson de Souza Pereira, da conceituada instituição de Caridade Mansão do Caminho, na capital baiana. Tem como principal guia espiritual Joanna de Ângelis, de quem já psicografou várias obras literárias, cujo gênero essencial é a análise do comportamento psicológico do ser em face do relacionamento transpessoal e do seu compromisso evolutivo.
Vida pessoal
Divaldo Franco nasceu numa família modesta de Feira de Santana, interior do Estado da Bahia, filho de Francisco Pereira Franco e Ana Alves Franco. Cursou a Escola Normal Rural de sua cidade natal, onde se formou professor de ensino primário em 1945, aos dezoito anos. Dois anos mais tarde, transfere-se para Salvador, onde, após ser aprovado em concurso público, vai trabalhar como escriturário num órgão público, o extinto IPASE (então o órgão segurador da previdência dos servidores estaduais) até sua aposentadoria em 1980.
Divaldo passou sua infância abalado pelas mortes de seus dois irmãos mais velhos, o que forçosamente o arrastavam às questões espirituais, que pouco a pouco se clareavam na medida em que, sendo médium ostensivo desde criança, era amparado pelos amigos espirituais e instruído pelos consoladores ensinamentos do Espiritismo, pelo que logo compreenderia o apostolado a que se destinara junto à semeadura espírita. Diante do compromisso espiritual, delibera-se o celibato voluntário a fim de melhor exercer suas tarefas, especialmente a sua mediunidade.
Realizações espíritas
Acercando-se fielmente dos conceitos kardequianos, já jovem Divaldo Franco vai empreender grandes realizações na divulgação da doutrina, a começar pela fundação do Centro Espírita Caminho da Redenção, na capital baiana, aberto em 7 de setembro de 1947, quando iniciou a sua trajetória de orador espírita.
Sua iniciação na psicografia remonta os primeiros anos desde quando já dominava a escrita e leitura, sendo assinada por diversas entidades espirituais mas, especialmente, por uma que se intitulava simplesmente de "um Espírito Amigo". No entanto, passado já algum tempo, foi-lhe dito para desfazer-se definitivamente de todos os escritos que acumulara na intimidade de suas gavetas; segundo os bens feitores invisíveis, tratavam-se apenas de um ensaio mediúnico. Ele assim o fez e logo mais em seguida passou a receber novos conteúdos, inclusive daquele Espírito amigo, que então se lhe apresentou Joanna de Ângelis — a mentora espiritual que o acompanharia pela longa e frutífera trajetória de divulgador espírita que estava por se desenvolver. O passo seguinte foi formar uma coletânea de mensagens desta benfeitora e finalmente compor o seu primeiro livro, que foi ao prelo com o título Messe de Amor e publicado em 1964.
Ver Joanna de Ângelis.
A sua segunda obra literária foi Filigranas de Luz, uma seleção de lindos textos recheados de sabedoria e valores morais ditada pelo poeta hindu Rabindranath Tagore.
Em sua trajetória compõe uma rica bibliografia, para a qual, além dos dois autores espirituais já citados, viriam fazer uso das dedicadas mãos de Divaldo Franco várias entidades renomadas, tais como: Manoel Philomeno de Miranda, Victor Hugo, Amélia Rodrigues, Carlos Torres Pastorino, Bezerra de Menezes, Vianna de Carvalho e cerca de duas centenas de mais outros autores do além, para uma coleção que ultrapassa duzentos títulos e 8 milhões de cópias vendidas, dentre as quais, alguns títulos traduzidos para mais de 15 idiomas, sendo toda a renda obtida com esse trabalho revertida para obras assistenciaiis.
A principal instituição beneficiada materialmente pelas obras de Divaldo Franco é a Mansão do Caminho, fundada por ele em parceria com o grande amigo Nilson de Souza Pereira, em Salvador a 15 de agosto de 1952, onde hoje é um grandioso complexo filantrópico, com acolhimento para órfãos, escola de alfabetização, computação e formação profissional, atendendo diariamente mais de 3 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos.
Ver Mansão do Caminho.
Como orador, a partir das vibrantes exposições no Centro Espírita Caminho da Redenção, Divaldo Franco rodou o Brasil e o mundo com sua mensagem doutrinalmente forte e ao mesmo tempo carregada de afeto para com todos, numa linguagem ornada de lirismo e salpicada de histórias envolventes, mais algumas pinceladas de humor, para demonstrar os valores espirituais, convicto e fiel à codificação espírita de Allan Kardec e em sintonia com o desenvolvimento positivo da psicologia. Em seu extraordinário currículo, mais de 10 mil participações em eventos espíritas, como palestras, seminários e congressos, percorrendo países das Américas, Europa, África e Ásia.
Uma das características marcantes de suas exposições é o encerramento com uma declamação inspirada na psicografia Poema de Gratidão, de autoria do Espírito Amélia Rodrigues, presente no livro Sol de Esperança.
Juntamente com outros líderes religiosos internacionais, participou em 31 de agosto do ano 2000 do Primeiro Encontro Mundial da Paz promovida pela ONU - Organização das Nações Unidas.
Reconhecimento
Divaldo Franco é mundialmente considerado o mais notável orador espírita da atualidade e, ao lado de Kardec, Léon Denis e Chico Xavier, é apontado como uma das maiores expressões do Espiritismo de todos os tempos.
Recebeu, de instituições culturais, sociais, religiosas, políticas e governamentais, inúmeras e variadas homenagens. Foi empossado em 30 de dezembro de 2005 o 205° Embaixador da Paz no Mundo, concedido pela Embassade Universalle Pour La Paix em Genebra, Suíça.
Foi agraciado com o diploma de Doctor Honoris Causa pela Universidade de Montreal, Canadá, e Universidade Federal de Brasília.
É também Doutor em Parapsicologia pela Universidade de Illinois, Estados Unidos.
Diplomado pela Ordem do Mérito Militar do Distrito Federal do Brasil.
Recebeu diversas medalhas e comendas honrosas, tais como: Medalha de reconhecimento Franco-Americano do Instituto humanista da França; Comenda da Paz Chico Xavier, pelo Governo do Estado de Minas Gerais; Medalha da Câmara Municipal de Leiria, Portugal; Medalha Municipal de Lobito, Angola.
É detentor de quase uma centena de títulos de cidadania honorária, dentre os quais 16 capitais estaduais brasileiras.
Bibliografia
Dentre os mais de 200 livros psicografados por Divaldo Franco, destacamos:
Ditados pelo Espírito Joanna de Ângelis:
Ditados pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda:
De outros autores espirituais:
Referências
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