Joanna de Ângelis é Espírito conhecido no Movimento Espírita como mentora espiritual do médium Divaldo Franco, a quem já ditou mediunicamente várias obras, que foram publicadas no Brasil e dentre as quais algumas traduzidas para diversos idiomas. Sua obra literária versa essencialmente sobre temas existenciais, filosóficos, religiosos, psicológicos e transcendentais, com destaque para a Série Psicológica, que contém mais de uma dezena de livros, estabelecendo nela uma associação entre a Doutrina Espírita e as modernas correntes da Psicologia, principalmente a transpessoal e junguiana.
Engajamento no Movimento Espírita
O Espírito de Joanna de Ângelis passou a ser conhecido no Movimento Espírita brasileiro, e subsequentemente em outros países, através da mediunidade de Divaldo Franco. A sua primeira aparição ao devotado médium se deu em 5 de dezembro de 1945. Inicialmente, denominara-se simplesmente como "Um Espírito Amigo", apresentando-se mais tarde com a alcunha Joanna de Ângelis após iniciar uma nova série de psicografias, que culminaria com a publicação do primeiro livro desta parceria mediúnica: Messe de Amor, lançado em 1964. Logo em seguida, também pela psicografia de Divaldo Franco, vieram os títulos Dimensões de Liberdade (1965) e Leis Morais da Vida (1976).
A partir de então Joanna de Ângelis ganharia cada vez mais notoriedade no meio espírita, seja pelos seus marcantes apontamentos presentes em seus livros, seja pelas belas narrativas transmitidas nas palestras e seminários proferidas por Divaldo Franco — que é seu amigo espiritual particular.
Segundo Divaldo Franco, Joanna de Ângelis foi um dos Espíritos colaboradores de Allan Kardec na Codificação Espírita, sendo uma de suas contribuições a mensagem "A paciência", contida em O Evangelho segundo o Espiritismo (cap. IX, item 7), recebida em 1862 e assinada por Um Espírito Amigo.
Reencarnações de Joanna de Ângelis
Parte da trajetória recente do Espírito Joanna de Ângelis é conhecida pelos relatos de algumas de suas últimas reencarnações, conforme citações em alguns livros e confirmadas pelo seu médium tutelado.
Conforme lemos em A veneranda Joanna de Ângelis (Salvador: LEAL, 1987), os autores Celeste Santos e Divaldo Franco declaram que ela teria sido Joana de Cusa — uma das mulheres que acompanhavam Jesus no momento da crucificação. Este dado também consta no livro Boa Nova, ditado por Humberto de Campos pela psicografia de Chico Xavier. Joana de Cusa, citada no Novo Testamento (Lucas, 8) como uma das mulheres que serviam Jesus, foi martirizada junto com seu filho no Coliseu de Roma durante a perseguição romana aos cristãos.
Também reencarnaria como Santa Clara de Assis (1194-1253), seguidora de São Francisco de Assis e fundadora da Ordem das Clarissas.
No México, teria nascido Juana de Asbaje (1651-1695), a poetiza que adotou o pseudônimo Juana Inés de La Cruz.
Sua derradeira passagem na Terra teria sido já aqui no Brasil, como a madre Joanna Angélica de Jesus (1761-1822), morta enquanto defendia o Convento da Lapa, em Salvador, em meio a um conflito contra os portugueses no movimento conhecido como Independência da Bahia.
Bibliografia
Principais obras ditadas de Joanna de Ângelis psicografados por Divaldo Franco:
Referências
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