Depois de encerrada a visita a Arthur Bescherelle, Alexander anuncia:
— Agora vamos para a parte mais difícil de nossa jornada. Vamos ao antro de François Dupont.
— Quem é este François, outro francês?
— Sim, este é outro francês que é inimigo mortal do Arthur, em razão de uma inimizade que perdura por várias existências. François para se vingar de seu desafeto alistou-se aos “Dragões”, sendo que atualmente conta com uma equipe de irmãos malfazejos. François faz parte de uma extensa liga de espíritos oponentes ao Evangelho de Jesus.
Vendo o espanto em minha face, Miguel tomou a palavra:
— Tenha fé Hanzi, não estamos sozinhos nessa jornada, Deus está conosco e sempre nos dará força para trabalhar. Além disso, uma equipe enviada por Inácio está chegando, e assim que chegar, iremo fazer uma visita de observação ao Vale Trevoso.
Poucos instantes depois, Inácio chega com sua equipe e nos saúda:
— Olá queridos amigos! Vamos trabalhar! Agora vamos fazer uma visita ao Vale Trevoso, residência de nosso futuro companheiro de trabalho, François Dupont. Como se trata de uma região de fluidos muito densos, não utilizaremos o equipamento de transporte, então vamos volitar e em alguns trechos caminharemos a pé.
— Será possível resgatar o François? Perguntei a Inácio que pediu para que Alexander me respondesse:
— César, nem sempre conseguimos resgatar facilmente um irmão ligado muito tempo a atividades malfazejas. Nossa missão junto a esse irmão consiste no momento em apenas inibir suas atividades junto a Arthur Bescherelle, que será nosso colaborador em projetos futuros e terá como missão resgatar suas pendências com François.
Depois desse entendimento, começamos nossa viagem de reconhecimento, inicialmente volitando, até que os fluidos ficaram tão densos que não era mais possível volitar. Então, começamos a caminhar e a cada passo que dávamos, sentíamos nossos pés cada vez mais pesados.
Depois de uma exaustiva caminhada vale abaixo, avistamos um antigo castelo medieval cercado de cavalheiros com armaduras, lanças e escudos. Então Inácio nos orientou:
— Agora vamos nos concentrar para nos fazermos invisíveis para aqueles guardas a fim de ingressarmos no castelo e lhe apresentar François Dupont.
Miguel fez uma fervorosa prece a Deus rogando proteção, então pudemos seguir adiante e ingressamos no castelo. Naquele momento, eu me sentia dentro de um antigo filme de terror e sentia que encontraria Drácula em uma tumba. Então ingressamos em um grande salão iluminado por velas e observamos um homem vestido como um antigo nobre esbravejando:
— Inutiles, Je suis fatigue de vos échecs! (do francês – Inúteis, estou cansado de seus fracassos!
— Mestre! Tenha piedade de mim... Não consegui ferir Arthur porque fui impedido pela luz de enviados do Cordeiro.
Desta vez eles estavam acompanhados de um rapaz chamado Hanzi que será o novo guardião do menino... Disse um servo tremendo de medo.
— Basta! Já avisei que não admitiria novos fracassos ! Levem o daqui e que ele seja punido severamente para que sirva de exemplo! Minhas ordens devem ser inescrupulosamente cumpridas!
Assistimos o pobre servo sendo arrastado pelo castelo rumo à masmorra. Então, Inácio fez um sinal para o seguíssemos.
Ao chegar diante da masmorra, Inácio deu um sinal para Alexandre que aplicou passes tranquilizantes nos guardas que caíram pelo chão sonolentos. Enquanto isso, Miguel sussurrou ao servo que ia ser punido:
— Vamos te tirar desse local, para isso vamos sair daqui disfarçados.
O servo concordou feliz e nos orientou a plasmar capuzes para nos cobrir e sair dali o que fizemos imediatamente.
Felizmente, quando os moradores do castelo se deram conta do ocorrido já havíamos alcançado nosso transporte de volta para a Colônia.
O rapaz a quem socorremos era um homem simples chamado Raimundo que havia sido escravizado por François.
Raimundo pode então ser atendido no Hospital Irmã Margarida para se recuperar daquele trabalho insalubre a que era forçado.
No final de nossa jornada Inácio me disse:
— Parabéns Hanzi por seu trabalho. Você aprendeu a controlar suas emoções nas situações críticas. A calma é fundamental para o êxito da atividade socorrista. Não se esqueça nunca que quando fazemos o trabalho do bem sempre seremos amparados por Jesus! Que Deus o abençoe em seu novo trabalho e conte sempre comigo quando for necessário.
PRIMEIRA PARTE (Médium Wilton Oliver) Capítulo 1 - Visitas à casa do irmão Hélio
Cap. 5 - Na câmara de miniaturização
Cap. 6 - Preparação para o porvir
Cap. 8 - Oportunidade para recomeço
Cap. 12 - Nos campos da Colônia
Cap. 14 - Influências nefastas
Cap. 15 - Exposição esclarecedora
SEGUNDA PARTE (Médium Rodrigo Felix da Cruz) - Cap. 1 - Notícia feliz
Cap. 4 - Estágio no Hospital Irmã Margarida
Cap. 7 - Laboratório da Memória
Cap. 9 - Primeiras atividades socorristas
Cap. 10 - Visita a François Dupont
Cap. 12 - Grupo de planejamento
Cap. 13 - Implantação do projeto
Cap. 14 - Trabalho em conjunto
Cap. 15 - Comprometimento, esperança e perdão
TERCEIRA PARTE (médiuns Alessandra Aparecida Silva e Rodrigo Felix da Cruz) Cap. 1 - Balanço
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