O tempo nunca para, tampouco o trabalho que fazemos no plano espiritual. Diariamente eu fazia visitas aos meus tutelados na Terra, inclusive ao François quando era possível.
Se Ricardo Felício, o antigo Arthur Bescherelle fora o tutelado mais irrequieto, François era o mais impermeável. Anos de atividades junto aos Dragões o fizera inacessível a todo e qualquer pensamento edificante.
Chegamos ao ano de 1994 de nosso Senhor Jesus Cristo, quando completei dez anos de trabalhos ininterruptos nas equipes socorristas coordenadas por Inácio. Então, recebi um chamado para comparecer ao gabinete do administrador de nossa Colônia, Laerte.
— Olá Hanzi, é sempre bom vê-lo!
— Venerado Laerte, senti grande alegria ao receber vosso convite.
— Antes de tudo, gostaria de parabenizá-lo pelo trabalho que tens prestado em nome de nosso Mestre Jesus! Desde o início percebi seu potencial de incansável trabalhador. Sua folha de serviço é meritória e por isso, te convoquei para te participar nossos projetos futuros— disse-me Laerte com um grande sorriso.
— Saiba que pode contar comigo para o que for necessário! Respondi animado.
— Sim e é por isso que te nomeio de hoje em diante nosso novo porta-voz da Colônia junto a nossos irmãos desencarnados, tarefa que antes fora feita com amor por Miguel.
— Agradeço pela oportunidade de trabalho edificante Laerte, mas esse não era o trabalho de Inácio?
— A partir de agora Inácio participará de outros trabalhos não menos importantes e que terão relação com um antigo projeto que breve será implantado com sua participação – é o projeto Centro Espírita Virtual.
— Centro Espírita Virtual?
— O Centro Espírita Virtual consiste na realização das atividades de um centro espírita físico em meio eletrônico para que seu alcance seja mundial. Na terra a internet começou a dar seus primeiros passos para formar uma rede mundial de computadores que poderá ser utilizada não apenas para fins comerciais. O computador poderá ser um meio de espiritualização — Explicou Laerte.
— O senhor poderá me dizer como eu poderei ajudar?
— Hanzi, você é um Espírito com a natureza sempre jovem e por isso terá afinidade para lidar com o jovem público que irá utilizar essa ferramenta ainda inacessível à geração mais antiga. Assim, você participará inicialmente do grupo de planejamento, e posteriormente participara da implantação do projeto.
— Quem são os encarnados que farão parte do grupo de planejamento? — perguntei.
— Os principais integrantes do grupo de planejamento são justamente os seus tutelados, à exceção de François e Ícaro porque ainda não chegou o tempo deles. Saiba que nada acontece por acaso. Portanto, Rael, reencarnado como Lopes, Arthur Bescherelle reencarnado como Ricardo Felício, assim como Miguel, serão seus companheiros dessa etapa de trabalho.
— Puxa vida! É muita informação para minha cabeça! Laerte riu.
— Considerando a complexidade deste projeto será que poderei contar com auxílio de algum amigo daqui da Colônia?
— Certamente. Afonso, Augusto, Inácio e Thales lhe darão todo apoio e suporte, assim como nós do Conselho Administrativo da Colônia, eu , Irmã Margarida e Irmã Maria Madalena.
— Caro Laerte, me fale um pouco sobre o futuro papel da Casa Espírita Virtual?
—O papel da Casa Espírita Virtual será o de esclarecer e ampliar o alcance da Doutrina dos Espíritos, enquanto o Centro Espírita tradicional convém primar pela Assistência Social, Evangelização, Infantil e a Mocidade Espírita. Os trabalhos de Estudo, desobsessão e afins, poderão ser conduzidos pelo formato virtual. Infelizmente, hoje acontece o contrário, dá-se mais valor ao intelecto do que a Caridade. Há espíritas que usam o próprio Evangelho para fechar suas portas aos pequenos e necessitados. É muito fácil prestar socorro espiritual em apenas uma hora de trabalho, enquanto o trabalho com os carentes é deixado em segundo plano, pois não suportam ver no semelhante a pobreza e se consideram superiores. Um grave defeito agravado pela desculpa de falta de tempo. A Casa Espírita Virtual não esvaziará o Centro Espírita tradicional, pois esta não se esvazia por falta de espíritas, mas por falta de comprometimento.
Enquanto falava, Laerte me mostrava uma projeção na parede sobre os objetivos do projeto:
—Os espíritas mais progressistas e modernos devem denotar a importância do fato do Espiritismo não se fazer apenas dentro das quatro paredes do Centro Espírita. Isso seria minimizar o trabalho da espiritualidade.
— Saiba Hanzi que a tarefa não será fácil, haverá momentos de dificuldades e de incompreensão, nos quais o personalismo de alguns espíritas poderá prejudicar o trabalho. Contudo, o bem sempre vencerá e caso alguém fracassar, em razão da influência da matéria, haverá sempre um novo trabalhador a prosseguir com o trabalho porque inicialmente o projeto estará ligado a um site na internet, que dará origem a outros sites e até mesmos centros espíritas físicos que contarão com nosso apoio. Quanto às adversidades a irmã Margarida certa vez disse: “Não importa as pedras que nos atirem, importam as flores que colhemos.”
PRIMEIRA PARTE (Médium Wilton Oliver) Capítulo 1 - Visitas à casa do irmão Hélio
Cap. 5 - Na câmara de miniaturização
Cap. 6 - Preparação para o porvir
Cap. 8 - Oportunidade para recomeço
Cap. 12 - Nos campos da Colônia
Cap. 14 - Influências nefastas
Cap. 15 - Exposição esclarecedora
SEGUNDA PARTE (Médium Rodrigo Felix da Cruz) - Cap. 1 - Notícia feliz
Cap. 4 - Estágio no Hospital Irmã Margarida
Cap. 7 - Laboratório da Memória
Cap. 9 - Primeiras atividades socorristas
Cap. 10 - Visita a François Dupont
Cap. 12 - Grupo de planejamento
Cap. 13 - Implantação do projeto
Cap. 14 - Trabalho em conjunto
Cap. 15 - Comprometimento, esperança e perdão
TERCEIRA PARTE (médiuns Alessandra Aparecida Silva e Rodrigo Felix da Cruz) Cap. 1 - Balanço
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