Chegamos ao ano de 2014 de nosso Senhor Jesus Cristo.
Diversos acontecimentos determinaram novos rumos de trabalho nos dois planos, no plano físico e aqui na Colônia Recanto de Irmãos.
Eu, César Hanzi resolvi fazer um balanço de toda a minha história, de tudo o que vivi e aprendi ao longo de cerca de 40 anos depois de meu desencarne.
Percebi que eu me transformei radicalmente colocando-me ao serviço do bem e da caridade .
Todavia, saibam meus amigos, que mesmo sendo um espírito trabalhador da Colônia Recanto de Irmãos, não perdi minha essência humana, continuo com alguns assuntos pendentes que em futura reencarnação serão burilados.
Tenho a grande alegria de conviver com minha esposa Marisa que sempre me auxilia em minhas tarefas na Colônia.
Contudo, temos em nosso coração uma grande lacuna que ainda não fora preenchida, a falta de nosso filhinho não chegou a nascer em razão do mesmo acidente automobilístico que também promoveu meu desencarne.
Com relação ao nosso filho eu sempre digo a Marisa:
— Meu amor não deixe a tristeza nos impedir de caminhar, quando chegar o momento certo, quando nós tivermos o merecimento, poderemos nos reencontrar com nosso filho!
Deixando de lado esse particular, sinto-me feliz em observar os progressos dos trabalhos de nossa Colônia que antes estavam no anonimato, mas agora graças ao intercâmbio com nossos amigos da Terra, nossa colônia se constituiu em verdadeiro recanto de amor para os necessitados.
Tive a oportunidade de rever Ícaro, agora reencarnado como Clara que atingiu a maioridade. Clara se tornou uma bela moça, não apenas em beleza física, como também em beleza interna. Ela se tornou voluntária em um centro espírita em trabalhos de assistência social, fato que nos trás muita alegria.
Minha mentora, a irmã Madalena que me acompanhou nos primeiros dias de colônia, por sua vez, decidiu-se que era o momento ideal para reencarnar. Ela está sob os cuidados de Thales que está preparando-a para reencarnar por meio de sua atividade nas câmaras de miniaturização.
Quando eu fiquei sabendo de sua decisão disse-lhe preocupado:
— Minha amiga, quanta responsabilidade?
Ela me respondeu:
— É verdade Cesar, tenho assumido grandes responsabilidades, mas graças a Deus poderei contar com grandes amigos que deixo aqui na Colônia Recanto de Irmãos! A propósito, saiba que um dia também chegará a sua vez de reencarnar...
Muito embora a paz e harmonia reinassem em nosso recanto, infelizmente na Terra, cadinho de provas e expiações, o ambiente era diverso.
Uma legião de irmãos revoltados com os progressos de nossa atividade junto aos encarnados, seja por meio das atividades junto ao Centro Espírita Caminho da Luz, seja por meio do Portal Luz Espírita, esses espíritos empreenderam um projeto de desestabilização dos trabalhos.
O primeiro a ser imobilizado por esses irmãos ainda não esclarecidos pelo Cristo foi Miguel. Dardos envenenados pela dúvida atingiram meu grande amigo, de modo que ele se desequilibrou em sua mediunidade, pois passara a duvidar de tudo e de todos. Pouco a pouco ele se afastou de suas atividades junto ao Caminho da Luz.
Pouco tempo depois, Lopes, grande trabalhador do Portal Luz Espírita, também se tornou alvo dos revoltosos do plano espiritual. Nosso amigo que aqui em nossa colônia era chamado Rael, meu companheiro dos primeiros anos de colônia teve seu lar desestruturado à semelhança do que também aconteceu com Ricardo Felício.
Lopes precisou se ausentar de seus trabalhos junto ao Portal Luz Espíritas por razões técnicas, pois necessitou procurar uma nova casa para morar. Além disso, nosso grande amigo em meio às mudanças que vivia também foi atacado por dardos envenenados pela dúvida.
O triste resultado dessas investidas dos revoltosos foi a temporária paralisação dos trabalhos da Luz Espírita.
Preocupado com isso consultei Laerte que me tranquilizou dizendo que os trabalhos não seriam finalizados, antes, eles seria revitalizados com a experiência que nossos amigos encarnados receberiam.
Naquela ocasião, a Irmã Margarida repetiu seu lema que me confortou mais uma vez:
— César, não importa as pedras que nos atirem, importa as flores que colhemos.
Continuou Margarida:
— Nossos amigos Miguel e Lopes não estão desamparados. Eles precisam de um tempo para reflexão e breve eles voltarão para os trabalhos fortalecidos. O Apóstolo Paulo, após sua conversão, precisou ficar três anos no deserto trabalhando como tecelão para repensar sua vida, quando então voltou ao trabalho com fervor. Nossos amigos ainda voltarão ao trabalho com o mesmo fervor de Paulo.
PRIMEIRA PARTE (Médium Wilton Oliver) Capítulo 1 - Visitas à casa do irmão Hélio
Cap. 5 - Na câmara de miniaturização
Cap. 6 - Preparação para o porvir
Cap. 8 - Oportunidade para recomeço
Cap. 12 - Nos campos da Colônia
Cap. 14 - Influências nefastas
Cap. 15 - Exposição esclarecedora
SEGUNDA PARTE (Médium Rodrigo Felix da Cruz) - Cap. 1 - Notícia feliz
Cap. 4 - Estágio no Hospital Irmã Margarida
Cap. 7 - Laboratório da Memória
Cap. 9 - Primeiras atividades socorristas
Cap. 10 - Visita a François Dupont
Cap. 12 - Grupo de planejamento
Cap. 13 - Implantação do projeto
Cap. 14 - Trabalho em conjunto
Cap. 15 - Comprometimento, esperança e perdão
TERCEIRA PARTE (médiuns Alessandra Aparecida Silva e Rodrigo Felix da Cruz) Cap. 1 - Balanço
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